sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Saia dessa ilusão.

Garota, o que você está fazendo? Com você, com ele, com tudo? Por que esse masoquismo opcional vem fazendo parte de sua vida desde que ele apareceu?

Sei, você sabe, isso não vai levar a lugar nenhum, que não, algum lugar escuro e com um pouco de ressaca moral no dia seguinte. Já começou do avesso garota, como vai desvirar? E não, o avesso aqui não foi descoberto como o lado certo, desculpe.


Vejo que as consequências serão óbvias, trazem lágrimas e muitas noites mal dormidas. Espero que esteja preparada. Não, não sou a bruxa má e nem trago uma maçã envenenada, mas sei o que acontece.

Lembra o que ele lhe disse? "Você não é uma garota qualquer, é uma garota pra ser levada a sério." Pois é, não é que em alguma coisa na vida você deve acreditar nele, ele tem toda a razão, você não é uma garota qualquer, não é mesmo.

E o que você espera dele? Esperar demais sempre um problema, nós sabemos disso, não adianta negar, a decepção lhe acompanha, mas é por sua culpa. Por que tantas expectativas, em acordos com você mesma, em um simples ser humano?

As coisas são tão obvias, e duras e sacanas e p#$%!!;, mas estão aí, posso até repetir, se quiser, aquelas coisas que você parece ter esquecido, depois daquele sorriso colgate, vindo daquele moreno, alto, bonito e sensual.

Mas não, ele não vai mudar por sua causa. Se ele já quebrou tantos corações, por que com você ele faria diferente? Ele não quer só te levar pra cama, mas essa é a principal ideia da noite. E sim, o problema está em você, não está nele. A não ser que ele tenha morrido, ele só não respondeu porque não quis. Ele não está tão ocupado que não possa te ligar ou mandar um oi as vezes, ele só não quer pô!


Então, essa situação foi criada, nada mais, nada menos, que por você garota, em seu mundo de muitas cores e palavras certas, esse seu mundo de corações e de razões esquecidas. E somente você pode sair dessa ilusão, sozinha, do mesmo jeito que entrou.

Entendo e concordo que isso tudo é uma grande porcaria, mas enquanto você perde tempo mandando indiretas pra ele, e morrendo de amores, sem sequer ser notada, ele já está sorrindo pra outra.

E você vai ficar aí esperando e chorando pela morte da bezerra? Garanto que tem um gato lhe sorrindo há 6 semanas, com aquele clareamento dental de ofuscar, talvez nem tão alto mas bem sensual, e você nem viu. Preste atenção, afinal, a única coisa verdadeira naquele garoto era saber que você não era uma garota qualquer.


terça-feira, 27 de agosto de 2013

Fique mais um pouco.

Não me interesso em saber de onde veio, o que faz da vida e o que te leva a nunca tirar a barba. Pouco importa o carro que tem e com quantas esteve nos últimos tempos. Não faz nenhuma diferença se está na moda ou se parece tão brega.

O meu interesse é saber se você um dia vai ficar.

Espero que não me leve a mal, mas ultimamente as pessoas não andam sendo tão legais, estou cansada de pessoas que, aparentemente, valem a pena, chegam sorrindo, ficam um tempo e vão embora. Sem um até mais, somente batendo a porte e deixando uma baita bagunça. 


Não peço que fique, a menos que queira. Só peço que seja sincero, e homem o suficiente para não quebrar o meu coração, que ainda não é de borracha. Digo que, nunca foi simples juntar os pedaços, recompô-lo e ensiná-lo a bater novamente. Por isso esteja certo, dessas coisas que nem eu sei.

Informo que não é nada fácil virar a página e ainda ensaiar sorrisos. É dolorido e precisa de tempo. Mas, se for necessário, ouvi dizer que o tempo cura as mágoas, rancores e decepções, porém ele não espera, nem tem parada pra gente descer quando enjoa da viagem.

Então, futuro sortudo boy magia, não seja, por favor, como os outros que foram como furacões e deixaram grandes estragos. Eu quase posso ver suas diferenças. Mas, preciso ter certeza, se um dia vai ficar.

Esse meio termo que incomoda, esse meio do caminho, meio amor, meio meu. Não precisa durar para sempre, o pra sempre é tempo demais, e nem é um pedido de casamento, apenas desejo que algo aconteça. Algo que complete o meio, ou não.

Você pode ser tudo o que eu sempre quis, eu poderia te dar a última jujuba vermelha do pacote... Mas para isso, preciso que fique.


Texto escrito por Leli.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Não hoje, talvez um dia.

E chove lá fora, está frio aqui dentro, os dedos congelam quando saem de baixo das cobertas pra olhar pro telefone. Olha uma, duas, três vezes, nenhum sinal dele.

Até que toca o telefone dela, as borboletas que habitam seu estômago, desde que ele sorriu pra ela, dão piruetas em seu estômago, quase saem pela boca, e ela olha para o telefone, não, não é ele não. Hoje não, talvez um dia.



Estranho não? Em dias assim as lembranças daquele sorriso não saem de seus pensamentos, com tantos outros sorrisos em sua direção, tem que ser logo aquele? Tem, tem que ser, e só por isso, não é.

Sabe por que? Tem que ser aquele que alvoroça as borboletas, que ela nem sabe porque, mas que teria que ser, pois quando foi, foi indescritível. Não importava nada, quando eles se veem eles se necessitam. Não há o que impeça de se prenderem nos olhares, não há quem não perceba, que entre eles tem algo especial. Eles se olham, se desejam, se tocam e quando estão juntos não sabem o que dizer, então em um beijo dizem tudo, tudo o que eles tem medo, tudo o que nem pode ser dito, tudo que não poderia ser, agora não.




Ela ainda está aqui, sente as mesmas coisas, ainda tem medo de nunca esquecer aquele sorriso, aquela risada e aquela promessa de que ele nunca iria embora. Promessas, promessas, não passam de atos falhos, ela nem sabe onde ele está agora. Eles não mantém mais contato, nada mais do que um "oi, tudo bem?" que surge semanalmente, pra dizer: Eu ainda estou aqui. 

Ela também não sabe porque eles se distanciaram, mas ela percebeu que por mais que ele sentisse a mesma coisa que ela, por mais que eles se quisessem, não seria agora, não seria hoje, pois as únicas coisas que eles tinham incomum era o fato de se quererem demais, o que desde sempre, nunca garantiu dia seguinte.



Engraçado, mas ela não deveria se conformar, em sentir falta do que lhe faz bem, em não lutar pelo sorriso que lhe arranca o coração do peito há metros de distância, em não agarrar a oportunidade de viver um amor que lhe deixa do jeito que ela alega que jamais ficaria, boba, besta, apaixonada. Por mais que lhe pareça fora de combate, ela sabe que não deveria pendurar as chuteiras.

Mas, ela também sabe que eles foram feitos para dar certo, se não hoje, e se talvez não tão logo, tudo bem. Eles são tão perfeitos juntos. 

Então, ela resolveu seguir, levar aquele sorriso na lembrança, pra quem sabe um dia, em uma esquina qualquer, em um bar, depois da 10ª cerveja, estufar o peito e cheia de coragem sorrir pra ele e ele sorrir de volta, ainda bem. Ainda bem.