terça-feira, 13 de agosto de 2013

Não hoje, talvez um dia.

E chove lá fora, está frio aqui dentro, os dedos congelam quando saem de baixo das cobertas pra olhar pro telefone. Olha uma, duas, três vezes, nenhum sinal dele.

Até que toca o telefone dela, as borboletas que habitam seu estômago, desde que ele sorriu pra ela, dão piruetas em seu estômago, quase saem pela boca, e ela olha para o telefone, não, não é ele não. Hoje não, talvez um dia.



Estranho não? Em dias assim as lembranças daquele sorriso não saem de seus pensamentos, com tantos outros sorrisos em sua direção, tem que ser logo aquele? Tem, tem que ser, e só por isso, não é.

Sabe por que? Tem que ser aquele que alvoroça as borboletas, que ela nem sabe porque, mas que teria que ser, pois quando foi, foi indescritível. Não importava nada, quando eles se veem eles se necessitam. Não há o que impeça de se prenderem nos olhares, não há quem não perceba, que entre eles tem algo especial. Eles se olham, se desejam, se tocam e quando estão juntos não sabem o que dizer, então em um beijo dizem tudo, tudo o que eles tem medo, tudo o que nem pode ser dito, tudo que não poderia ser, agora não.




Ela ainda está aqui, sente as mesmas coisas, ainda tem medo de nunca esquecer aquele sorriso, aquela risada e aquela promessa de que ele nunca iria embora. Promessas, promessas, não passam de atos falhos, ela nem sabe onde ele está agora. Eles não mantém mais contato, nada mais do que um "oi, tudo bem?" que surge semanalmente, pra dizer: Eu ainda estou aqui. 

Ela também não sabe porque eles se distanciaram, mas ela percebeu que por mais que ele sentisse a mesma coisa que ela, por mais que eles se quisessem, não seria agora, não seria hoje, pois as únicas coisas que eles tinham incomum era o fato de se quererem demais, o que desde sempre, nunca garantiu dia seguinte.



Engraçado, mas ela não deveria se conformar, em sentir falta do que lhe faz bem, em não lutar pelo sorriso que lhe arranca o coração do peito há metros de distância, em não agarrar a oportunidade de viver um amor que lhe deixa do jeito que ela alega que jamais ficaria, boba, besta, apaixonada. Por mais que lhe pareça fora de combate, ela sabe que não deveria pendurar as chuteiras.

Mas, ela também sabe que eles foram feitos para dar certo, se não hoje, e se talvez não tão logo, tudo bem. Eles são tão perfeitos juntos. 

Então, ela resolveu seguir, levar aquele sorriso na lembrança, pra quem sabe um dia, em uma esquina qualquer, em um bar, depois da 10ª cerveja, estufar o peito e cheia de coragem sorrir pra ele e ele sorrir de volta, ainda bem. Ainda bem.






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