segunda-feira, 16 de junho de 2014

Há quanto tempo?

Há quanto tempo eles não se vêem, há quanto tempo será que não se tocam, alguém sabe deles? Alguém sabe o que restou?
Alguém arrisca um palpite? Será que ele aprontou alguma? Se apaixonou por outra? Nunca mais seu sinal de vida? Será que ela não retornou as ligações? Ficou com medo? Simplesmente esqueceu?
Quem via aqueles dois, tão diferentes, tão entrosados, apaixonados, felizes, mal poderia imaginar um futuro que não fosse em dupla, afinal eles tentavam de toda a forma demonstrar que não eram um casal. Que tolos.
Eles nunca foram daqueles casais apaixonados, eram tão livres que se encontravam todas as noites sem querer. Nunca respeitaram um padrão, nunca um ao outro deram seu coração. Tão estranhos, tão discretos, não precisavam provar nada pra ninguém, sabiam o que levavam no peito e era um ao outro.
Ninguém sabe ao certo o que aconteceu com eles, certo dia eles apareceram por aí, sem querer, se cumprimentaram e seguiram. Dessa vez não seguiram juntos, não deram as mãos, quando viram elas escorregaram e foram em direção contrária, até não se encontrarem mais.
Não se ouviu mais falar daquele casal. Afinal eles acreditavam nem serem um.
Não se viu mais aqueles sorrisos conjuntos, aquele compasso perfeito, aquele abraço que encaixava feito a peça que faltava no lego, não se viu mais tanta compatibilidade em dois opostos.
Há quem diga que eles não encontraram mais o caminho de volta, que se perderam em meio a novos sorrisos e novos abraços, há quem diga que eles estão melhores agora, longe um do outro. Quanta baboseira, mal sabem que em todas as noites eles pensam um no outro, quando olham pra lua e vêem o mesmo céu.