Não, não estou aqui gostando de sofrer, também não acho o máximo viver gostando de quem não gosta de mim, claro que não. Não sou masoquista e nem fico satisfeita em ver o tal cara dos meus sonhos sonhando com outras, não é nada disso.
Não sou do tipo que gosta de sofrer por alguém esse tempo todo, afinal, tem tanto cara legal pra gente conhecer?
Foi isso que fiz, não, eu não te esqueci, nem vou, mas isso não significa que a vida parou por aqui. Ainda tem sol em quase todas as manhãs, ainda tem estrela naquelas noites frias desse inverno, o mar ainda está no mesmo lugar, ninguém morreu de gostar não é?
Mas parei, não, não parei de pensar em você, afinal, a gente não pensa no que quer pensar, infelizmente, mas parei, parei de tentar esquecer todos os dias, todas as horas, parei de sofrer por antecipação tentando esquecer o que não se esquece.
Não vou te esquecer, não foi eu quem decidiu, longe de mim, eu até gostaria, sério.
Mas eu sei que não vou, não posso esquecer das coisas que aprendi com você, das nossas risadas, dos finais de semana, não dá pra esquece o quanto eu fui feliz do teu lado, feito um cachecol pendurada no teu pescoço, enquanto tentava me equilibrar depois de ter bebido umas e outras. Não dá, não dá pra esquecer aquele teu sorriso, que devolveu o brilho que já não se via nos meus olhos. Impossível, a gente não esquece das coisas boas, e nem deve, por mais que elas não possam voltar.
Foi aí que entendi, a gente sempre vai lembrar das coisas boas e daquelas pessoas que nos mostraram um novo caminho, uma música nova, uma comida, um lugar, a gente não precisa esquecer, esquecer nunca foi uma meta e machuca quando a gente pensa que é.
Com o tempo a gente aprende a lembrar sem sofrer, sem rancor, a gente aprende a lembrar e agradecer, porque aprende a viver com outras coisas, outras pessoas, sem exigir que o tempo volte, sem precisar substituir o lugar de alguém, é aí que a gente entende que não precisa mais ter medo de lembrar, por isso eu não vou te esquecer.
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