quinta-feira, 11 de maio de 2017

Não é que eu te esqueci, eu te saquei.


      (imagem retirada do google, caso ela seja sua, por favor informe para créditos)

Graças a Deus, um salve aqui pra quem abriu os olhos, mesmo que pequenos, mesmo que a claridade nesses meus olhos azuis, teimasse em mantê-los fechados, um salve pra quem colocou um óculos de sol e então criou coragem pra abrir bem esses olhos, lindos por sinal, e acabar por ver o que estava o tempo todo diante deles.

Doeu? Talvez um pouco, dói mesmo, mas um dia ou outro isso iria acontecer,  e antes tarde do que mais tarde, minha filha!


Não é questão de esquecer, a questão toda é que lembrar já não era uma opção, não das melhores.


É difícil mesmo perceber que a gente mantém ilusões por capricho, por medo, até por amor unilateral, esse mesmo que todo mundo tem, já teve ou terá, o famoso "gostar de quem não gosta da gente". Parece um dos mandamentos da vida, tipo: nascer, crescer, gostar de quem não gosta da gente e morrer. Que?


É vazio quando não é recíproco, mas às vezes a gente fica lá, ocupando o lugar sozinha, tem gente que é espaçosa mesmo, se contentando com respostas rápidas no MSN, com lembranças bobas em tirinhas engraçadas enviadas pelo whats, em beijos roubados depois de umas e outras, afinal tem gente que bebe e beija até por desconto em cerveja, né? Aí a gente vai preenchendo esse vazio ilusório de qualquer coisa e vai ficando.


Os amigos casam, separam, vão embora, partem para outra, tem filhos e família, viajam, se divertem, deixam tudo e começam de novo, e você fica ali, empacada feito uma mula em um amor que não vinga, não rola, não vai dar.


É aí que a gente saca, é aí que a gente se saca de verdade e vê tudo que não fez, isso mesmo, a gente mais não fez do que fez, a gente não foi viajar, não saiu com o carinha da locadora, não foi fazer aquela prova para a nova pós graduação, não fez um intercâmbio, não foi no jogo de futebol, não foi naquela festa que bombou, a gente nem viveu direito nesse último ano porque ficou esperando, esperando e esperando.


A vida passou por aqui, por lá, ela não estacionou até que a gente decidisse se seguiria em frente ou se ficaria, e aí a gente ficou, ficou aqui engordando, lembrando, esperando que ele percebesse o quanto éramos feitos um para o outro, e o tempo passou, na verdade a gente nunca quis esquecer, porque acreditava, acreditava pra caramba, ate em fada do dente e Papai Noel, até que a gente sacou, sacou que não adiantava um amor unilateral.

Graças a Deus! Uma luz divina finalmente iluminou aqui heim? Foi aí que eu percebi, que você percebeu, que a galera toda desse barco - que não é um iate e sim um barquinho feito de garrafa pet - o quanto perdeu tempo, oportunidades, sorrisos, abraços a gente perdeu insistindo no outro e desistindo da gente. E isso não estava certo, não. Foi aí que saquei.

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