sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Não sei porque insisto em insistir em você.



Não sei porque diabos ainda me preocupo com você.

Porque ainda guardo o canto do bolo, o último pedaço do chocolate, a garrafa daquela cerveja importada que você coleciona. Não sei, mas ainda passo naquela esquina no mesmo horário, na esperança de ver você passar, ainda lembro de você quando como torta de chocolate e ainda lembro o nome da sua bebida preferida.

Porque ainda escuto as mesmas músicas, uso aaquela camiseta surrada que você esqueceu. Frequento os mesmos lugares, deito do outro lado da cama, esperando que você volte a ocupar o seu, mesmo já fazendo alguns muitos meses que você se foi.

Ainda tenho problemas com a ré, não aprendi a estacionar o carro e guardo suas meias e cuecas naquela gaveta de cima, aquela que eu odiava ter que compartilhar.

Aquelas fotos ainda estão na estante, a sua carta ainda fica na cabeceira, ainda frequento suas redes sociais e ligo aleatoriamente pra dizer que sinto saudade, mesmo jurando que foi engano. Ainda espero aquele convite do jantar, aquela ligação quando chegasse em casa, ainda espero que entre por aquela porta desde quando saiu por ela, pedindo que eu me cuidasse.

Não sei porque ainda rego esperanças quase secas, deposito toda a minha fé na sua volta, não sei porque não me disponho a te esquecer. não sei porque insisto em insistir em você.

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