Se você parasse um segundo para observar esses casais ao seu redor, olhe quantos, todos iguais, todos felizes as vezes, tristes muitas vezes, todos andam de mãos dadas e se abraçam, e saem juntos uma ou duas vezes no mês, eles brigam e fazem as pazes em 30 segundos, eles se amam de um jeito idêntico, eles se olham, sorriem, se abraçam de novo, saem juntos de novo, brigam de novo, ficam felizes e tristes e felizes e tristes.
Muito pouco né? Cá entre nós, um desperdício de tempo, de emoção, de amor. Todos iguaizinhos, fazem as mesmas coisas, somem do meio social e passam a viver somente de amor. Muito pouco né?
Não quero um amor assim, eu nem quero um amor. As pessoas oferecem muito pouco. Oferecem o mesmo que todos. E eu sou bem melhor que isso. Não mereço aquela vida de casal ali, da minha conhecida, da minha amiga, da minha vizinha. Quero ficar longe desses clichês de vestidos brancos, casamento, festas enormes e jantares com familiares. Ficar longe desses casais que se dizem perfeitos, desses romances perfeitos.
A noite está farta de casais perfeitos, a noite esta entupida de homens tentando lhe mostrar que vocês podem ser um casal perfeito, quanta bobagem, não tenho estômago pra isso. Quem disse que eu quero ser especial?
Eu sou melhor que isso. Melhor que isso tudo, e a minha grama é muito mais verde que a da vizinha, nesse caso.
Poxa! Só quero ser assim, imperfeita, neurótica, louca, engraçada, estabanada, falante, cheia de manias e insuportavelmente mais macho que muito homem, eu só quero poder ser, eu sempre quis ser diferente, então me deixa.
Sendo assim, nunca aceitei esse amor geral, esse amor igual a todos que vejo por aí, esse "eu te amo" tão normal quanto um bom dia. Desse jeito não, obrigada. Não sou exigente, não. Aceito um amor qualquer, diferente de tudo isso que vocês tem, diferente do que podem me dar.
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