quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Ontem mesmo.


Nossa, quem diria, que hoje ela estaria bem. Ontem mesmo ela soluçava naquele fim de festa, dizendo que amava ele e que nunca mais iria acreditar em ninguém. 

Aquele bando de sem coração, que não se prestava sequer a procurar um mísero coração comprável no mercado livre. Saiu gritando aquelas mil coisas que ela gritava quando eles brigavam, ou quando ela decidia que ele não queria mais, nunca mais, pra sempre até amanhã. Que ele não gostava dela ou vice-versa.

Hoje ela consegue lembrar só das coisas boas, aquelas coisas engraçadas, causadoras de sorrisos incontroláveis e com gostinho de saudade. Ela sabia que precisava ir naquela hora, E resolveu ir. 

No fundo, ela sabe que ainda vai ter muito dele nos lugares, nas fotos, nas músicas, nos amigos em comum, que vai lembrar dele nas flores, na praia, e que terá tanto dele nas comidas que gostava, nas roupas, que sentirá o perfume dele na rua, e que por muitas vezes gritará "ele ama essa música" quando ela tocar. Ela sabe que terá que evitar ainda muitos certos lugares, certas pessoas, certas bebidas, que vai lembrar dele mas que deve continuar esquecendo as poucas coisas que ele deixou.

Cara, tem muito texto lembrando dele, que desperdício, que seja o último e que venha o próximo - não falo do texto.

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