segunda-feira, 30 de julho de 2012

Eu nunca vou me apaixonar por alguém na internet, só que não.


As coisas não andam muito fáceis para uma garota de seus vinte e tantos anos, que somente é convidada para casamentos, chás de fralda, chás de panela e batizados.

Onde estão os aniversários de 15 anos e as formaturas? Nessa época, tem gente que fica tão carente, que responde até mensagem de operadora de celular, dizendo “sim meu amor, vou recarregar”. Tem gente que fica feliz, pois o “ficar pra titia” é literalmente o que pensou que aconteceria, e é isso que quer. Tem gente que fica, tem gente que fica em casa mesmo. Nem sai, só do trabalho para casa, do trabalho para o mercado, do trabalho para a padaria...ou seja, se acaso se apaixonar, pode ser por alguém de ambos os lugares, ou entregadores de pizza, não que eu acredite que não seja um bom partido.

Quando se tem uma longa trajetória de desventuras amorosas, as coisas ficam bem mais claras e as pessoas mais diretas. E sinto muito, mas a afirmação “só estamos ficando, não rolou nada”, não existe caso tenham ficado 5 vezes ou mais. É garota, a regra dos 7 encontros hoje em dia não se consolida, no 5º já foi, sumiu, tchau tchau. Então, procurando o fio da meada, por mais mente aberta e moderninha que essa juventude seja, e estou inclusa nela, não há uma adaptação da minha parte, as vezes acho que nasci em tempos estranhos, e que deveria ter nascido em épocas, que se dava mais valor para muitas coisas, que hoje são esquecidas, como sexo com amor, por favor. Careta, deve ser isso que sou. Tudo bem! E o mais engraçado, é que ouvi falar de uma amiga que casou com um carinha que conheceu na internet, ela amava ele, sem tocar, sem beijar, assim passaram 4 ou 5 meses. Não conte, mas algumas vezes eu ri dela, e me perguntei mil vezes como? Como gostar de quem não se sabe o cheiro, o gosto, o toque, me parece tão irreal, me faltam provas...

Mas sabe, era real e depois se conheceram, e hoje? Eles casaram, acredita? E estão felizes, sem enganos, igual nos tempos antigos... com amor, nesse caso, haja amor! E aí, em algum momento inoportuno, eu disse a frase: “Mas era só o que me faltava, né??” Bummm!! Não falta mais. É, isso mesmo. Eu, que queria provas, me apaixonei por um cara da internet, de tão tão distante, que nem sei se é real, enfim...

Acredite, passei longas duas semanas sem vontade de sair de casa, conversando com ele na internet, vendo o quanto ele era incrível e meio irreal, um tanto quanto apaixonante, e alguns anos mais novo do que meus vinte e tantos anos, eis que, nem nos vinte e tantos chegara. Até que um dia, uma relação regada de muito amor de msn e de muitas risadas da parte das minhas amigas, que jamais imaginariam isso acontecendo, logo comigo, senhora das provas e dos movimentos friamente calculados, levou um pé na bunda de um pirralho da internet? É isso mesmo? Pode repetir? É isso mesmo, ele formatou o computador dele, e de quebra, me levaram junto. Eu chorei, chorei tanto nesse dia. Porém, acordei um tanto assustada pela manhã, eu ria, eu me matava de rir! Lembrando das coisas que aconteceram e que falei, que vergonha. Se for um fake ou alguém conhecido, pode ganhar o meu rim em negociação, pois faria qualquer coisa para não ver divulgada a minha declaração de,“não sei como estou sentindo isso, mas estou”. Ai ai, não me decepciona menina, você “quase” se apaixonou, o que houve? Nem sei não heim, mas acho que naquele dia tinha alguém usando meu computador... Sabe como é né?

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