quarta-feira, 9 de julho de 2014

É pra frente que se anda.

Quanto mais os dias se passavam, mais ela entendia o quanto fez a escolha certa. Ela sempre quis que ele a impedisse de ir embora, ela esperou ansiosamente por uma declaração de amor ou uma placa dizendo: fique! Ela sempre pensou que ela significava alguma coisa, algo a mais do que algumas noites e uma lembrança legal.

Ela sempre quis que ele visse o mundo como ela via, exigia sentimentos correspondidos a mesma altura, sofria quando isso não acontecia, ela sempre esquecia que existiam muitas formas de gostar, e que nenhuma era menos justa que a outra, apenas diferentes.

Ela sabia que esperar por ele era perda de tempo, ele nunca corresponderia as expectativas dela, eram tão diferentes que não tinham nada em comum, a não ser o fato de não estarem juntos, graças a ele.
E como ela imaginou, ele não estava esperando por ela, não ligou, não desejou boa sorte, não foi se despedir, sequer mandou uma mensagem de "já vai tarde".

Ela pensou em ligar, afinal ele poderia ter estado muito ocupado, poderia estar sem telefone ou com o sinal ruim, poderia ter até esquecido que era a última chance, a última, mas não. Ele sabia de tudo isso, sabia que era a ultima chance, das 32 que ela deu, ele sabia mais do que ninguem o que estava perdendo, mas não importava, ele nunca entrou nesse jogo pra ganhar. Afinal quem disse que ele iria ficar?

E por mais que a saudade doesse, ela ainda estava ali, mas ela sabia que esperar por algo que não chegaria era fatal. Então, como sempre ela estampou aquele sorriso lindo nos lábios e seguiu em frente. Pra que olhar pra trás? Ela já sabia, é pra frente que se anda.

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