segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Olha ela aí, de novo.

Entre todas as zilhões de voltas que o mundo dá, ela nunca entende porque acaba sempre sozinha com suas lembranças frustradas.

Falam que tem um gênio forte, outros que sua independência assusta os homens, que é muito bonita pra ser amada, talvez muito inteligente para descobrir qualquer coisa que eles possam tentar aprontar, que tenham lhe feito um "trabalho", que talvez tenha defeitos obscuros ou que talvez até não seja hétero. Isso mesmo?



Falam, falam, falam, falam tanto, que ela quase acredita.

Ela sempre teve boas histórias de amor, daquelas longas e de moitas ocupadas e desocupadas, de vai e vem que nunca voltam, de pessoas que trabalhavam em circos, pois sumiam em passes de mágica, de histórias mal acabadas, nem começadas, situações típicas em meio a discussões de relacionamentos que nunca existiram.

Ela sempre manteve os pés no chão, mas em muitas se deixou alçar vôos tão distantes, que quase quebrou em pedaços no pouso forçado. Ela tem marra, e deve ser porque nunca foi de desistir fácil, era tipo aquele brasileiro que não desiste nunca, sabe?

É, mas se tem uma coisa que ela nunca fez foi mendigar atenções, abraços, beijos e sentimentos. Porque parecia tão injusto, logo ela, que tinha tanto amor pra dar, nunca foi de se doar pouco, se doava muito, amava muito, tentava muito, e por fim, sofria muito... 



Um certo dia quase perdeu a graça, nem sei quem lhe partiu em tantos pedaços ásperos, sei muito menos quem a fez pensar que dar amor é desperdício, porque pelas poucas coisas que aprendi, é que desperdício mesmo não é dar amor, desperdício é não saber receber.


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