segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

E por hoje é só.

Essa minha mania de não controlar minhas vontades, ainda vai me levar a provar que o ditado de que "vontade é coisa que dá e passa" não é verídico.

Tenho tantas vontades, essas instantâneas de sair por aí sem rumo, ver o nascer do sol na praia e ficar lá até ele se por, vontade de tomar o primeiro e o último gole de uma bebida forte ou de todas elas em um copo do tamanho do mundo. Vontade de ser a primeira e a última a sair de uma festa, vontade de sair da balada e dançar em frente a casa de alguns amigos ou ir direto comer um cachorro quente ou dois...

Vontades essas que me levaram a conhecer pessoas, lugares, construir e destruir histórias. Que me confundem a cabeça e o coração, que fazem fugir do cara perfeito e correr para os braços de um canalha. Ah, essas vontades loucas, impulsos repentinos, ideias mirabolantes e realizadas com sucesso. 


Dizem que vontades são praticamente incontroláveis e por mais que você queira, aquele amigo bff, jamais será, aos teus olhos, o homem da tua vida. É uma pena, bem que poderia, quanta facilidade seria, mas né? 

Assim, falando nas vontades, sempre surgem aquelas repentinas, quando ele abre um sorriso com aqueles dentes brancos e milimetricamente ajustados, não dá, são mais fortes que eu, que nós, e quando vejo, pô já somos nós. O problema todo é que, mesmo amigos, seremos sempre um homem e uma mulher. E assim, oremos para que nos salvem da possibilidade de nos apaixonar!


Mas, sabe como as coisas são, o coração é traiçoeiro, prega suas peças e não escolhe hora nem momento para cair no conto do vigário, e quanto vigário nesse mundo, né?

Acontece, infelizmente, que o coração também cansa de andar sozinho e se alia com o destino. Nesse caso, no nosso caso, longe de ser um caso de amor, o amigo virou confidente, conselheiro e protetor, utilizou seus ouvidos como penicos eis que ouviu as mais doloridas perdas, decepções amorosas, dúvidas e fraquezas. Ele era tão amigo, o problema todo é que queria ser tudo, menos só meu amigo.

Mas pensando bem, sabe o que faltou? Faltou vontade, impulso, malícia. Faltou mostrar-se como homem - mulheres têm o talento de transformar caras em seres assexuados. Faltou não ser tão legal, tão prestativo, faltou aquela ignoradinha irritante. Faltou aquele medo de te perder.

Então, não me culpe por não ser diferente. Também não gosto de não ser dona das minhas vontades, sou humana e erro, caracas eu erro muito, todos os dias, ainda mais no que diz respeito às emoções bipolares que sinto ou não. Sinceramente eu queria poder escolher.


Mas cá entre nós, o que importa mesmo é saber ser feliz com o que temos, sendo o que somos, aceitando nossos limites, vontades, impulsos, aceitando esses sentimentos e a dura falta deles. Respeitando as decisões que não dependem de nós e o que a vida nos oferece de melhor. 

Hoje amigo, é isso que posso lhe dar, é isso que eu tenho, esse sentimento desprendido de quem só tem o agora. 

Por Francieli Rech

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