segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Quando a bebida entra...

Quando a bebida entra... não é só a verdade que sai não heim?!

Há quem diga que a bebida transforma as pessoas.

Besteira. Ela não transforma as pessoas, ela retira as máscaras e deixa transparecer, por vezes até demais, na verdade "de vez em sempre".
 

Em meio a belos tragos, sim belos tragos, os tragos que tomam aquelas pessoas que marcam um "x" na opção "bebo socialmente" nas entrevistas, sabe?

Essas pessoas mentem, é elas mentem. Ninguém bebe socialmente minha gente, pelo menos ninguém que marca essa opção!

E assim quando bebem, os casais se desentendem, ela diz que ele é irritante e ele diz que ela é mimada, ela diz que ele fica quieto demais e ele, que ela fala demais. 

As amigas se xingam, falam que ficaram magoadas com aquela vez que você beijou o carinha que ela gostava na 8ª série, outra diz que ela contou para o fulaninho que ela gostava dele, mas que foi na 5ª série, esqueceu? 

O garoto lindo de morrer, aquele que está escorado no bar, sente que se soltar, o bar pode cair, então ele não solta, mas olha atentamente as meninas que passam, da cabeça aos pés, ou melhor, das canelas ao pescoço, enquanto segura sua bebida que molha sua camiseta.

A garota está descontrolada, prova todas as bebidas, dança até o chão se escorando no ferro do camarote, acredita que ainda continua um luxo, mas mais parece um lixo, coitada.


É claro que você se identificou, pois isso geralmente acontece em qualquer lugar, que venda bebida alcóolica, é claro.

Mas voltando ao assunto do casal, eles realmente pensam isso um do outro, desde sempre, mas não deixam de se amar, as amigas também se sacanearam na vida, mas nunca na amizade, o garoto lindo de morrer do bar, está tão bêbado, que ele vai achar a garota um luxo, assim como ela pensa que está. esse é o ciclo.

E a bebida? É mais do que provado que ela não transforma as pessoas, elas já são assim, chatas, mimadas, taradas, falantes, dançantes, alegres. Ela só faz com que as pessoas sejam elas mesmas, sem qualquer restrição e questão de parecer o que não é. 

É a porta da liberdade com desculpa prévia e justificável. Pois, se a cada vez que alguém usasse a desculpa "eu estava bêbado" morresse uma piriguete, amém, elas estariam extintas.

Não tem julgamentos posteriores, exceto a ressaca moral, que você mesmo lembra de frisar.

A danada da bebida abre as portas da vontade, e ainda diz: Sinta-se em casa! 

Ahh, já me atiro no sofá!




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